Desde 1997, o Projeto Memória, idealizado pela Fundação Banco do Brasil, leva ao conhecimento do público a história, a vida, a obra e o pensamento de brasileiros e brasileiras que contribuíram para a transformação social do nosso país. Desde 2004, o Projeto tem a Petrobras como parceira e, nesta edição, que homenageia o marinheiro João Cândido, conta também com o apoio da Associação Cultural do Arquivo Nacional (ACAN).
O Projeto Memória João Cândido – A luta pelos Direitos Humanos é composto por uma exposição itinerante, que percorre cerca de 800 municípios em todos os estados brasileiros, um livro fotobiográfico, um vídeo documentário e um conjunto pedagógico. O material sera distribuído para 18 mil escolas e 5 mil bibliotecas de todo o país,
Chegando a AABB Comunidade de Barra de São Francisco - ES que vem trabalhado os Direitos e Deveres da Criança e do Adolescente, levando aos educandos do programa o conhecimento desse importante homem o João Cândido.
Nasce João Cândido Felisberto na fazenda Coxilha Bonita, em Encruzilhada do Sul, atualmente município Dom Feliciano, RS.
Aos 14 anos entra para a Escola de Aprendizes de Marinheiros do Rio Grande do Sul.
Interna-se no Hospital da Marinha para tratamento de tuberculose.
É enviado à Inglaterra para conduzir o encouraçado Minas Gerais ao Brasil. Lidera a Revolta da Chibata, contra as punições corporais na Marinha de Guerra. É preso e sobrevive à tentativa de assassinato na Ilha das Cobras.
É internado no Hospital Nacional de Alienados, na Praia Vermelha, no Rio de Janeiro (RJ).
Volta à prisão e é absolvido em seu julgamento, em 29 de novembro.
Emprega-se no veleiro “Antônico”. Conduz a embarcação dos portos do sul do país ao Rio de Janeiro. Na chegada à capital carioca, por pressão é demitido. No mesmo ano, casa-se na Igreja Nossa Senhora da Glória, em Laranjeiras, no Rio de Janeiro, RJ.
Muda-se com a família definitivamente do Rio de Janeiro para São João de Meriti, na Baixada Fluminense.
Morre seu companheiro de Revolta, Francisco Dias Martins, o “Mão Negra”.
Despede-se do navio Minas Gerais, vendido como sucata à Itália.
Publicação do livro A Revolta da Chibata. Volta à terra natal para receber homenagem, cancelada por ordem da Marinha.
Morre a 8 de dezembro, no Hospital Getúlio Vargas. É sepultado no Cemitério do Caju, no Rio de Janeiro. Deixa uma herança de coragem e dignidade, além de esposa e filhos.
A Senadora Marina Silva e o ex-deputado federal Marcos Afonso apresentam um projeto de anistia post mortem a João Cândido e seus companheiros da Revolta da Chibata.
Acontece a “Marcha dos 10 Mil”, em que líderes e integrantes de movimentos pelos direitos humanos e pela inclusão racial rumam a Brasília reforçando o pedido de anistia.
Em 23 de julho de 2008, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a Lei 11.756, que concede anistia post mortem a João Cândido e outros marujos participantes da revolta.
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